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Ilhéus: cidade de Gabriela, cravo, canela e solidariedade

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A cidade que Jorge Amado ambientou o romance Gabriela Cravo e Canela é também um dos mais belos destinos turísticos da Bahia. Agora, o que tem chamado a atenção é a solidariedade nesse momento de pandemia, com o Comitê Popular Solidário de Ilhéus, que tem arrecadado alimentos e máscaras para famílias carentes. Segundo um dos seus organizadores, Rodrigo Cardoso, o movimento articula entidades da sociedade civil, artistas e pessoas que querem fazer o bem olhando a quem (quem mais precisa).

O Comitê atua em parceria com a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), do governo Rui Costa. “Para a Setre, é fundamental essas ações conjuntas do poder público com entidades da sociedade. O Estado tem que fazer a sua parte e ajudar trabalhos sociais como esse, que buscam melhorar a vida das pessoas”, afirma o titular da pasta, Davidson Magalhães.

Cardoso disse que a iniciativa se deu em meio ao agravamento da pandemia para os mais pobres. “Eles têm mais dificuldades para ter equipamentos de prevenção individual e alimentação básica. Começamos com a ajuda de sindicatos, CTB e pessoas militantes dos movimentos sociais. Conseguimos 15 mil máscaras produzidas por costureiras desempregadas e adquiridas pelo governo do Estado”, destaca.

Ainda segundo o ativista, o Comitê distribuiu cestas de alimentos para mais de 300 famílias cadastradas. Até a véspera do Natal, foram mais de 10 toneladas de alimentos. “Atualmente, ampliamos o número de pessoas envolvidas, com a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. Abrimos um cadastro de voluntários e doadores online, atraindo pessoas que queriam ajudar e não sabiam como”, enfatiza

AÇÕES INOVADORAS

Rodrigo celebra o sucesso dos drives-thru, lives com apresentações de artistas e influenciadores digitais, além de sorteios (como uma bicicleta doada), coleta de alimentos em supermercados e uma feijoada solidária, cuja venda arrecadou recursos para compra de alimentos.

“Também instituímos um projeto de cozinha solidária, onde voluntárias e voluntários atuam na arrecadação de alimentos e recursos para fazer sopão e refeições para serem distribuídas a pessoas em situação de rua. Apenas com doações voluntárias, em um mês, arrecadamos e estamos distribuindo cerca de 4 toneladas de alimentos”, diz.

Segundo ele, vem mais por ai. “Iniciaremos o debate sobre a construção de projetos sustentáveis para promoção da segurança alimentar nas comunidades. Buscaremos a experiência das cozinhas comunitárias em intercâmbio com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, MTST, e conhecer um projeto de Banco de Alimentos”, pontua.

Cardoso anuncia, ainda, o Forró Solidário online, que será organizado em junho, pelo Sindicato dos Bancários, do qual é presidente, e o Comitê. “Seguiremos fortalecendo esse coletivo com pessoas cidadãos que fazem da solidariedade um valor único para ajudar quem mais precisa. Também seguimos lutando para mudar essa difícil realidade do nosso povo”, enfatiza.

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