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Péssimo sinal estudar pelo celular à beira de estrada

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A internet revolucionou os campos da ciência e da tecnologia, impactando positivamente a vida das pessoas. Encurtou distâncias e ampliou o acesso de milhões à informação. Mas, segue difícil a realidade de muita gente, especialmente com a pandemia, como a dos irmãos Alex (12 anos) e Ana Clara Pereira dos Santos (14 anos). Moram na Fazenda Barra Mansa, em Ilhéus, e estudam no Ensino Fundamental, na escola Dr. Pedro Catalão, em Itajuípe.

Com a crise sanitária, assistem videoaulas pelo celular à beira de uma estrada vicinal, caminhando 300 metros até uma área que pega bem o sinal. É o péssimo sinal das políticas públicas no Brasil, que já poderia ter garantido sinal de internet e celular de boa qualidade em todos os municípios. Evitaria, assim, casos como esse. Com a privatização do sistema, as operadoras estrangeiras, responsáveis pelo serviço, só avançam na questão quando pressionadas.

Questionada se não era desconfortável, Ana Clara mostra sua força. “Está dando para levar de boa. O pior é não ter acesso ao conhecimento. Aqui está a chance e a oportunidade para assegurar um futuro digno”, afirma, dizendo que sonha em cursar Medicina Veterinária.

EXEMPLO E VONTADE POLÍTICA

Segundo a diretora da escola, Tânia Regina, as aulas remotas são complementadas com atividades que os responsáveis pelos estudantes retiram na escola. ”Fiquei emocionada quando recebi uma foto dos meninos sentados àquela mesa em um lugar tão distante. São esforços e esses exemplos que nos fazem acreditar na educação”, afirmou.

Esse fato mostra que os benefícios da tecnologia (receber atividades por e-mail, tirar dúvidas durante a transmissão ou via grupo de aplicativo) precisam ser acompanhados por vontade política dos poderes públicos. Já que privatizou o sistema de telefonia, tem que obrigar as empresas responsáveis, que ganham fortunas, a garantirem um melhor serviço aos brasileiros.

Com informações e foto do Pimenta Blog

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