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Dr. doença, Bolsonaro ignorou ofertas de vacinas, diz ex-presidente da Pfizer

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A CPI da Covid do Senado vai confirmando o descaso criminoso do governo Bolsonaro no combate à pandemia. Em seu depoimento, o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, afirmou que o presidente ignorou ofertas de vacinas. Cerca de 100 milhões de doses foram oferecidas, sendo que 1,5 milhão chegariam em dezembro passado.

Em agosto, a Pfizer ofertou 70 milhões de doses, da seguinte forma: 500 mil para 2020; 1,5 milhão para o primeiro trimestre de 2021; 5 milhões para o segundo trimestre de 2021; 33 milhões para o terceiro trimestre de 2021; e 30 milhões para o quarto trimestre de 2021. Em outra oferta, seriam 30 milhões, com 1,5 milhão de doses em dezembro de 2020.

O fato também desmentiu o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ao ter afirmado que a proposta da farmacêutica foi de apenas 6 milhões de doses, sem nenhuma previsão de entrega no ano passado.

BARCO SEM CAPITÃO

Nos depoimentos anteriores, a CPI revelou o alívio de ex-aliados do presidente, que puderam divergir abertamente das posições negacionistas do chefe do Executivo. É como se tivessem sido salvos ao pular de um barco à deriva, sem capitão. Mostra que o governo comandava artificialmente seus ministros, que tinham que desconversar, ficar na “saia justa” ou não falar o que pensavam, para não contrariar o capitão Jair.

Henrique Mandetta, Nelson Teich, o atual ministro Marcelo Queiroga, Antônio Barra Torres (presidente da Anvisa) e Fabio Wajngarten (comunicação) disseram ser contra o uso de cloroquina e o tratamento precoce. Também se posicionaram a favor do isolamento social, se contrapondo ao que defende Bolsonaro.

Mandetta falou, ainda, sobre uma “assessoria paralela” de aconselhamento do presidente. E que o filho, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), costumava participar de reuniões ministeriais. Isso reafirma a tese de que o chefe do Executivo é altamente influenciável.

A Redação, com informações do Senado

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