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Defendido pelo presidente, uso da proxalutamida não tem aval do Ministério

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Ao receber alta do hospital, o presidente Bolsonaro citou a proxalutamida como uma alternativa no combate à Covid-19 e disse que cobraria o ministro Marcelo Queiroga para realizar estudo. Como fez ao defender a cloroquina, o “capitão” disse que era uma droga estudada e que em alguns países têm apresentado melhora (sem apresentar qualquer prova). Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não emitiu qualquer parecer sobre o tema.

O Ministério da Saúde afirmou, nesta terça (20), que ainda não considera o uso de proxalutamida no combate à Covid-19, e que os resultados de testes da droga em andamento pela Anvisa serão analisados antes de tomar uma decisão. Especialistas dizem que o medicamento não têm eficácia comprovada contra o coronavírus, atua como bloqueador de andrógenos é indicado no tratamento contra o câncer de próstata e de mama.

Além do Brasil, outros seis países participam dos testes: Alemanha, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, México e Ucrânia. A Anvisa não informou o total de voluntários, mas serão 38 em São Paulo e outros 12 em Roraima. O estudo é patrocinado pela empresa chinesa Suzhou Kintor Pharmaceuticals.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, os estudos conduzidos sobre a proxalutamida têm indícios de fraude e falhas graves, preocupando cientistas. Há o risco de os organizadores da pesquisa terem deixado um grande rol de voluntários morrerem desnecessariamente durante os testes.

RESUMO DA ÓPERA – O Brasil não pode mais aceitar que o presidente da República continue receitando medicamentos para combater doenças. É preciso seguir o que a ciência recomenda: vacina para a Covid-19, uso de máscara, higienização das mãos com sabão ou álcool em gel, distanciamento social e evitar aglomerações.

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