A nova política dos bancos públicos sob o governo Lula está buscando a redução das desigualdades sociais e econômicas. Com o “BNDES Periferias”, o banco literalmente vai subir o morro ao anunciar, nesta quinta (21), o programa que vai destinar R$ 50 milhões para projetos de inclusão produtiva em favelas e comunidades urbanas. Mas, estima-se que os investimentos totais, considerando captações privadas e públicas, podem chegar a R$ 100 milhões.

Com foco na promoção da diversidade e redução da desigualdade, a iniciativa é lançada em parceria com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades. O banco vai selecionar propostas com foco em trabalho e renda, educação, cultura e inclusão social. Os recursos serão não reembolsáveis e distribuídos em duas iniciativas: “Polos BNDES de Desenvolvimento e Cultura” e “Trabalho e Renda da Periferia”. O dinheiro sairá do Fundo Socioambiental (FSA) do BNDES, por chamadas públicas.

No lançamento da iniciativa, mais de 50 entidades representativas dos movimentos sociais participaram, com representantes da Central Única de Favelas (Cufa), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Educafro, Movimento Black Money, Banco da Providência, Redes da Maré, Instituto Guetto, Usina de Startups, Museu da Favela e Instituto Gerando Falcões, entre outros.

Segundo o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o BNDES Periferias é uma iniciativa pioneira. “Vamos reforçar nossa atuação na redução das desigualdades a partir da estruturação de polos culturais e iniciativas para geração de emprego e renda. A periferia precisa de um espaço público onde você possa fazer atividade, formação profissional, que tenha equipamentos e um ambiente adequado”, afirmou.

OUVIU AS COMUNIDADES

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello disse que o projeto teve início em 2023, a partir de conversas com as comunidades. As inscrições para apresentação de projetos podem ser feitas pelo link do banco. “Hoje, estamos abrindo a chamada permanente pública para esse primeiro ciclo, que abrange os polos e a ação de trabalho e renda. Vamos dar apoio para empreendedores, valorizando mulheres, jovens e população negra, prioritariamente”, disse.

Poderão participar entidades privadas sem fins lucrativos, que tenham experiência na implementação e operação de projetos similares nos territórios contemplados. O projeto se destina a favelas e comunidades periféricas dos municípios que fazem parte do Programa Periferia Viva, do Ministério das Cidades.

com informações da Rede Brasil Atual