Depois de aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o procurador-geral da República Augusto Aras teve aprovação do Senado, nesta terça (24), e foi reconduzido ao cargo. Foram 55 votos a favor, 10 contra e uma abstenção.
Nas sabatinas, o magistrado buscou convencer os senadores de que foi imparcial, mesmo estando claros vários crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro, e que reprovou a atitude de pessoas que deixam de utilizar máscara para prevenir à covid-19,
Mas, as contradições do procurador começaram quando foi indagado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre nunca ter se manifestado contra os atos do presidente, que constantemente dispensa a utilização de máscara.
O procurador tentou “arranjar” um argumento para a conduta de quem não utiliza máscara e causa aglomeração, que pode configurar crime de epidemia, previsto no Código Penal e prisão. Aras respondeu que “a não utilização das máscaras é um ilícito”, mas que não deve ser penalizado com prisão, mas com multa. Ele comparou a maior autoridade do país ao povo. “Brasileiros têm negligenciado o uso da máscara, mas é preciso ter alguma cautela na criminalização do uso da máscara”, ponderou.
RESUMO DA ÓPERA – Augusto Aras fez o discurso para ser aprovado. Ele criticou os absurdos da Lava Jato; negou alinhamento com Bolsonaro; se colocou contra o voto impresso e contra os ataques ao STF; demonstrou apoio à CPI da Covid e defendeu o uso de máscaras. E a maioria dos senadores aceitou, mesmo com o seu comportamento omisso nos momentos graves de ataques à democracia e desastre no combate à pandemia pelo presidente. É esperar para ver qual será o seu comportamento no próximo mandato à frente da PGR.
Com informações do Correio Braziliense
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