Em viagem ao Brasil, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, deixou dois recados claros ao presidente Jair Bolsonaro: o governo americano defende o atual sistema eleitoral brasileiro e se opõe a participação de fornecedores chineses, como a Huawei, na infraestrutura da internet 5G no país.
Segundo a colunista da Folha de S.Paulo, Patricia Campos Mello, na conversa, Sullivan afirmou que as instituições brasileiras são fortes e podem conduzir eleições livres e justas com o sistema eleitoral atual. As autoridades americanas disseram que estão preocupadas com as ameaças de Bolsonaro ao sistema eleitoral.
O encontro tratou, também, da política ambiental do governo brasileiro e o acesso do País à OCDE. Os americanos condicionaram um maior apoio às pretensões do Brasil de se tornar membro da organização a “uma maior ambição” em relação à política ambiental. E, em relação à reunião do clima, a COP, pediram, mais uma vez, metas mais ambiciosas e “uma clara demonstração dos esforços para combater o desmatamento”.
Os americanos disseram estar preocupados com as alegações falsas de que teria havido fraude eleitoral. Segundo um alto funcionário americano disse à reportagem, “os Estados Unidos foram muito diretos ao expressar a grande confiança que depositam na habilidade atual das instituições brasileiras de realizarem eleições livres e justas, com salvaguardas adequadas para evitar fraudes”. “Ressaltamos a importância de não minar a confiança no processo, especialmente porque não há evidências de fraudes em eleições anteriores no Brasil”, afirmou.
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