Com o fim do Ministério do Esporte e dos programas federais, o governo estadual tem garantido vários investimentos para o esporte baianos. Agora, são R$ 100 milhões para reforma e construção de equipamentos esportivos, segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Renda (Setre), Davidson Magalhães. A informação foi dada nesta segunda (16), em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, na rádio A Tarde 103,9 FM.
“Nesses próximos 12 meses, o governo vai investir R$ 100 milhões em novos equipamentos esportivos, recuperação de equipamentos esportivos e a construção de novos equipamentos esportivos, isso só na área diretamente da Setre, fora Educação, que está sendo construído diversos complexos esportivos em todo o estado da Bahia”, afirmou, destacando ainda programas como o Bolsa Esporte e o Faz Atleta.
Para o gestor, tem muito dos investimentos públicos no sucesso dos atletas baianos nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, como Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem) e Beatriz Ferreira (boxe feminino).
“Realmente vivemos momento importante no esporte baiano”, disse. “Isso não é à toa. Temos uma política de esportes na Bahia e poucos estados do Brasil tem um conselho de esporte funcionando. Tem uma política que vai da inclusão social através do esporte com vários programas. São mais de R$ 10 milhões em programas inclusão social através do esporte, de iniciação esportiva até o esporte de alto rendimento, que é exatamente sobre o Bolsa Esporte, que pode atender até 139 atletas, no valor de R$ 1,2 milhão, o dobro da edição anterior. São para 37 modalidades olímpicas e 21 paralímpicas”, destacou.
PROGRAMAS
Davidson destacou os programas de iniciação do esporte, importantes para revelar novos talentos. “Nós estamos com um convênio, um termo de cooperação técnica com a Confederação Brasileira dos Jogos do Esporte Estudantil, que cuida exatamente dessa parte da área estudantil. Temos uma parte dos universitários e temos essa outra que pega exatamente os ensinos fundamental e médio. Nós vamos fazer uma preparação de professores e instrutores, que é o termo de cooperação técnica que nós temos para que incentive e não termos só apenas infra-estrutura física, mas também a política de incentivo, além das próprias competições. Temos articulações com todas as federações de apoio às competições das diversas modalidades. São essas competições que terminam por apresentar, projetar esses atletas”, enfatizou.
Para o secretário, um dos principais desafios é informar aos atletas sobre os programas e os equipamentos disponíveis. “Os instrumentos que nós temos já são suficientes. Precisa dar acesso aos atletas para esses instrumentos. Grande parte dos atletas não sabem nem que esses instrumentos existem. Estamos fazendo esforço muito grande, onde nessas áreas são identificados esses núcleos para esses atletas, fortalecer a atividade nesses núcleos que é da iniciação e dar espaços para essa projeção dos atletas e estrutura”, pontuou.
SAÍDA DA BAHIA
Sobre o êxodo dos grandes atletas baianos para outros estados, o titular da Setre explicou que tem a ver com patrocinadores. “O que é que acontece? Por exemplo, Isaquias, um exemplo concreto, medalhista de ouro. Ele surgiu num programa Remando no Rio de Contas, que é um programa da Setre, Sudesb, naquela região. Aliás, foram construídos já dois centros de canoagem (em Itacaré e Ubaitaba), está sendo construído mais um terceiro que vai ser entregue agora no mês de setembro (em Ubatã). E vão ser construídos mais dois núcleos de canoagem em Camamu e Maraú. O que dá um exemplo, que estamos com uma política de incentivo. Isaquias surgiu aí. Adiante, quando o atleta surge termina aparecendo clubes e empresas, que patrocinam. Eles são ligados às federações, que terminam articulando a participação desses atletas em competições internacionais, e grande parte dessas confederações e empresas tendo centros de treinamentos fora da Bahia”, pontuou.
Com informações do Bahia Notícias
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