Parece que “passar a boiada” é marca na vida do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, principalmente quando se trata de dinheiro. Depois de ser alvo da Polícia Federal (PF) por suspeita de favorecer interesses de madeireiros, ele está na mira de outro inquérito.
Ele sofre uma devassa da promotoria do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que instaurou inquérito civil para apurar indícios de enriquecimento ilícito de Salles, cujo patrimônio passou a R$ 7,4 milhões.
Tudo indica que o ministro teria cometido improbidade administrativa visando enriquecimento pessoal, entre 2012 e 2018. Segundo as investigações, entre 2012 e junho de 2020, o escritório de advocacia de Salles e sua mãe movimentou R$ 14,1 milhões. São operações consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), órgão de prevenção à lavagem de dinheiro.
Chamou atenção do MP-SP R$ 2,8 milhões desse montante iriem direto na conta bancária pessoal de Salles, conforme revelou o Coaf. A Justiça da Fazenda determinou a quebra de sigilos fiscal e bancário dos dois.
Agora, vai se comparar os valores movimentados com as declarações de imposto de renda Pessoa Física e Jurídica de Salles, que tem negado o envolvimento em qualquer tipo de irregularidade. O seu advogado diz que a evolução patrimonial e os honorários advocatícios recebidos pelo ministro foram declarados à Receita Federal e são regulares.
É o tipo de devassa que dá muita dor de cabeça a quem se acha esperto.
Com informações do Valor Econômico
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