Um economista mostra que a carestia tem maltratado a população. Em maio deste ano, uma pessoa em Salvador comprava 100 itens no mercado por R$ 500. Em junho, o mesmo valor passou a pagar apenas 80 produtos. Já em julho, compra 50. O exemplo do economista Denilson Lima demonstra a perda de compra dos que ganham até um salário mínimo. “A parcela mais afetada da população é a pobre”, diz o especialista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), sobre a inflação.
A SEI calcula mensalmente o preço da cesta básica em Salvador e na região metropolitana. Em julho de 2022, ela passou a custar R$ 494,74, com redução de menos de 2% em relação a junho. Em um mês, o leite teve alta de 22,7%, chegando a custar R$ 40 em mercados da região. No ano todo, o aumento no preço do leite foi de quase 50% — sendo substituído nas prateleiras por “bebida láctea”.
Segundo pesquisa nacional divulgada na última terça (9) pela FGV, o Índice de Preços ao Consumidor da última semana caiu 1,13%, queda puxada pelos preços da gasolina. A alta, no entanto, foi pelos preços da alimentação. No último dia 4, o economista Edval Landulfo explicou no programa Melhor de 3, da Rádio Metropole, que o teto do ICMS não chegou a atingir o preço do diesel, responsável por 60% do transporte de alimentos no Brasil.
De acordo com Gustavo Casseb Pessoti, presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia, a redução do ICMS é um “paliativo”. “Enquanto a Petrobras não modificar políticas de preço e continuar adotando a paridade internacional como referência, a gente continua com um problema”, afirmou.
com informações do Metro1
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