Quem acreditou que o presidente Jair Bolsonaro mudaria o comportamento, após não vingar seu pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, se enganou. Mais uma vez, o ex-capitão subiu o tom dos ataques e sugeriu que “todo mundo” tem que comprar um fuzil.
A afirmação foi feito aos seus apoiadores, nesta sexta (27), brincando com a situação de dificuldade dos brasileiros de até comprarem comida. Ao ser questionado se ele iria “parar de brigar dentro das quatro linhas” da Constituição e “partir para o ringue”. ” Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz “ah, tem que comprar feijão”. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, declarou.
Bolsonaro também disse que não quer “interferir” em outros Poderes, mas afirmou que é “difícil governar desta maneira”. ” Tem ferramentas lá dentro (da Constituição) para ganhar a guerra. Tem gente que está do lado de fora. Difícil governar um país desta maneira. O único dos Poderes que é vigiado o tempo todo e cobrado sou eu. O que acontece para o lado de lá não tem problema nenhum. Eu não quero interferir para o lado de lá, nem vou. Agora, tem que deixar a gente trabalhar para o lado de cá”, ameaçou.
Sobre a decisão do corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, de desmonetizar páginas que divulgam informações falsas sobre as eleições, o presidente voltou a usar a democracia para justificar atos autoritários. “Não sou machão, não sou o único certo. Agora, do outro lado não pode um ou dois caras estragarem a democracia do Brasil. Começar a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. E agora o câncer já foi lá para TSE, lá tem um cara também que manda desmonetizar as coisas.Tem que botar um ponto final nisso. E isso é dentro das quatro linhas (da Constituição)”, disse.
Com informações de O Globo
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