Quando alguém que tem plano de saúde é atendido em alguma unidade do SUS, o procedimento legal é encaminhar a fatura para a operadora responsável. Entretanto, muitas empresas não pagam a conta e questionam os valores na Justiça. O resultado é o acúmulo de dívidas com o governo federal.
Nessa brincadeira, o SUS deixa de receber recursos previstos em lei para investir na melhoria do sistema. Hoje, a dívida do setor privado é de R$ 2,9 bilhões. O valor daria para comprar, pelo menos, 58 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, considerando o valor médio de US$ 10 por dose pago pelo Ministério da Saúde.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), responsável por fiscalizar o setor e cobrar o pagamento, diz que isso seria uma estratégia das empresas.
As maiores devedoras são a Hapvida e a NotreDame Intermédica, que anunciaram fusão em março e devem juntas ao menos R$ 648 milhões (22% do total). Elas negam que a judicialização e o atraso nos pagamentos sejam estratégia de negócio, além de acusarem a ANS de realizar cobranças indevidas.
Com informações do UOL
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