Mais uma atitude do presidente Bolsonaro que afeta a classe média e todos que possuem plano de saúde. Nesta segunda (26), ele vetou o projeto que tornava obrigatória cobertura de tratamento de uso oral contra câncer. O argumento é de que os remédios são caros e o PL 6330/19 “contrariaria o interesse público”, apesar de dizer enxergar “boa intenção”.
O governo afirmou ainda que a medida poderia comprometer a “sustentabilidade” dos planos de saúde, pois haveria “inevitável repasse desses custos adicionais aos consumidores” e “riscos à manutenção da cobertura privada aos atuais beneficiários, particularmente os mais pobres”.
De autoria do senador Reguffe (Podemos-DF), a matéria foi aprovada pela Câmara em julho. A relatora, deputada Silvia Cristina (PDT-RO), destacou na ocasião que “a mudança da legislação é imprescindível para dezenas de milhares de brasileiros que, mensalmente, gastam considerável parte do seu orçamento para garantir um plano de saúde”. O senador visitou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga para pedir a sanção do projeto. Mas, o governo ignorou o apelo
Ex-ministro da Saúde, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), também foi favorável ao projeto. “As medicações garantem a possibilidade de um tratamento mais efetivo, com menos hospitalização, mais humanização e ganho de vida”, declarou.
RESUMO DA ÓPERA – Os argumentos do governo mostram que salvar vidas não é de interesse público. Mas, proteger os planos de saúde, sim. Se são medicamentos caros, caberia ao governo ajudar quem precisa deles para sobreviver.
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