Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou que determinou a abertura de apuração preliminar para avaliar se a conduta de Jair Bolsonaro nos ataques ao sistema eletrônico de votação configura crime.
Aras responde após a ministra Carmen Lúcia ter cobrado, por duas vezes, uma manifestação da PGR sobre o pedido de inquérito feito por parlamentares do PT.
O pedido leva em conta declarações do presidente em uma transmissão ao vivo no fim de julho. Nas redes sociais e sem apresentar provas, Bolsonaro usou várias notícias falsas e boatos já desmentidos pelos órgãos oficiais para atacar as eleições brasileiras.
A ministra havia afirmado que o caso merecia prioridade. Nessa apuração preliminar, Aras vai avaliar se há elementos que indiquem possíveis crimes para justificar o pedido de abertura de inquérito. No parecer, o procurador conclui que, como já houve a abertura do procedimento preliminar, a notícia-crime dos parlamentares deve ser arquivada.
RESUMO DA ÓPERA – Demorou, mas Augusto Aras teve que responder para demonstrar o mínimo de autonomia diante do presidente da República. O Brasil espera que a PGR cumpra seu papel fiscalizador das ações dos três poderes. Como chefe do Ministério Público Federal, Aras representa os interesses da União e fiscaliza a execução e o cumprimento da lei. Não pode fazer política sob pena de desmoralizar uma instituição importante.
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