O pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pelo presidente Jair Bolsonar, tensiona ainda mais a relação entre os três poderes. O presidente pediu, nesta sexta (20), a saída do magistrado e sua inabilitação para exercício de função pública durante oito anos.
A tensão aumentou imediatamente, quando o STF, instância maior do Judiciário, emitiu nota repudiando a atitude do chefe do Executivo. No comunicado, o Supremo ressalta que o inquérito cujas decisões são questionadas por Bolsonaro – o que apura disseminação de fake news e ataques a autoridades – já foi chancelado pelo plenário da Corte.
Depois, o Legislativo se pronunciou através do Senado, no momento em que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não antevê fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do STF.
Sem citar nomes, Pacheco disse que gostaria que “toda energia que está sendo gasta no Brasil” para criar “polêmicas e divisões” fosse utilizada para resolver os problemas da fome, miséria, desemprego, inflação e do desmatamento da Amazônia. Ele voltou a cobrar diálogo e exemplo dos chefes de poderes e dos políticos em Brasília.
RESUMO DA ÓPERA – O Brasil se vê com um presidente cada dia mais enfraquecido, sem popularidade e demonstrando incapacidade de governar uma Nação em grave crise econômica e social. Alguém que concentra sua atenção em temas que se relacionam apenas com as eleições presidenciais de 2022, como voto impresso, críticas constantes ao TSE e até pedido de impeachment do ministro do Tribunal, Luis Roberto Barroso. Vemos um presidente inconstante, que pediu impeachment de ministro do STF, após defender o diálogos entre os poderes.
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