A imagem dos militares que assumiram postos no governo Bolsonaro só piora com as investigações da CPI da Covid. Segundo a CBN, para se reaproximar do Ministério da Saúde, a VTCLog contratou como consultor o general da reserva Roberto Severo Ramos, ex-chefe da Casa Civil na gestão Michel Temer e número dois da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro ano do governo Bolsonaro.
A empresa de logística presta serviços ao Ministério da Saúde de armazenagem e distribuição de medicamentos, inclusive vacinas. Os negócios foram bem durante a gestão de Ricardo Barros (atual líder do governo), de 2016 a 2018, com um aditivo de quase R$ 90 milhões em fevereiro deste ano, que será investigado pela CPI.
A CBN teve informações de que o general conseguiu agendar reuniões na Saúde a partir do momento em que os militares assumiram postos de comando. A VTCLog entrou na mira da CPI após ser descoberto um reajuste atípico em contrato com o Ministério da Saúde, em 2019. A empresa conseguiu aumentar em 1.800% o valor de um contrato, com o aval do ex-diretor de Logística Roberto Dias.
“As quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático são as prioridades de análise nos próximos dias. Nós vamos dedicar essas duas semanas a isso. Tem um personagem novo a VTCLog, que a gente tem que aprofundar as investigações. E temos que aprofundar o cruzamento dos sigilos da Precisa, por exemplo”, explicou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues.
A CPI também quer saber se o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, favoreceu a VTCLog quando era ministro da Saúde. Em 2018, ele extinguiu o departamento que cuidava, justamente, do que a empresa faz. Ela assinou o maior contrato até então com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 485 milhões, com um prazo de cinco anos.
RESUMO DA ÓPERA – A imagem dos militares na gestão pública marcha ladeira a baixo. São várias situações suspeitas nos escândalos das vacinas que envolvem pessoas de altas patentes.
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