Por Valter Luis de Oliveira Moraes*
Minha bela e sofrida Itabuna, dos famosos cacauais, dos pássaros que cantam à beira das suas florestas, dos índios que não existem mais.
Itabuna é a pedra preta dos grapiúnas, do rio cachoeira belo e sorridente, onde gritam às vozes solidárias da beleza imponente, nas terras dos frutos de ouro escravizantes, presentes no mundo das mesas fartas e ausentes na miséria dos trabalhadores.
É a terra chorando suas dores de pobreza, sangue e suor, dos contos de fadas sem certeza do que vai acontecer, chama S. José para chover, molhar às terras sem letras dos coronéis, chove chuva para ver, a miséria que ninguém vê.
Terra fértil, fruto rico, povo pobre sem saber, sem cultura e abc, numa luta desigual, tiro, morte, vidas seca, cascavel, cobra coral, tem também urubu e a carniça social.
* Filósofo e diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe
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