A morte do ator Tarcísio Meira comoveu o Brasil nesta quinta (12). Aos 85 anos, ele e mulher Glória Menezes estavam isolados em um sítio, no interior de São Paulo, e já tinham tomado as doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19. Várias postagens nas redes sociais usaram a morte do artista para questionar a eficácia dos imunizantes contra a doença.
Em entrevista à Revista Fórum, o infectologista Marcos Caseiro explicou porque o ator morreu. “Não há vacina no planeta que projeta as pessoas 100%. Qualquer vacina, até as melhores, tem uma proteção que chega a 95%, entre elas a da febre amarela, a da Pfizer, por exemplo”, alertou.
Segundo o médico, “é sabido que as pessoas, conforme tenham mais idade essa proteção diminuiu, por conta do que a gente chama de imunossenescência. Isso quer dizer que há uma resposta imunológica menor em indivíduos mais idosos, por conta dessa imunodeficiência associada ao avanço da idade”.
O infectologista fez um alerta: “É uma visão errada as pessoas imaginarem que por tomarem a vacina, ficam invulneráveis, que não vão pegar mais nada. Isso não é a realidade. A gente tem que tomar a vacina e continuar usando máscara, afastamento e todos os outros cuidados”.
SEGURANÇA É COLETIVA
De acordo com Caseiro, a vacina tem lógica dentro de um projeto coletivo. “Quando você chega num limiar de vacinação, você impede a circulação do vírus e então, indiretamente, você está protegendo as pessoas que, ou não foram vacinadas, ou que tiveram uma pega vacinal menor por conta da idade”, disse o médico.
Ele afirmou ainda que a gente só vai conseguir proteção geral quando se conseguir chegar a uma imunidade coletiva. “Quando cerca de 70% a 80% das pessoas estiverem completamente imunizadas em duas doses. Enquanto isso vamos continuar tendo transmissão viral e mais. A vacina traz uma proteção coletiva, ainda que ela traga uma proteção individual, algumas pessoas não as terão”, ponderou.
Com informações da Revista Forum
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