No momento em que se agrava a pandemia, a China reagiu a mais ataques do governo brasileiro ao reduziu a previsão de insumos para a fabricação da Coronavac, pelo Instituto Butantan.
Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, a próxima liberação de insumos teve a data adiada de 10 para 13 de maio. O volume inicial previsto, de 6 mil litros, foi reduzido para 2 mil litros. Para Covas, as mudanças não foram determinadas pela Sinovac, mas por autoridades chinesas.
Parece que o presidente Bolsonaro e seus ministros desconhecem as formalidades e o bom senso nas relações diplomáticas entre as nações do mundo. Semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insinuando que o coronavírus foi invenção dos chineses.
Depois, Bolsonaro disse que o coronavírus foi fabricado em laboratório e o mundo poderia estar vivendo uma “guerra química”. Sem citar o nome da China, questionou: “Qual o país que mais cresceu o seu PIB?”, insinuando que alguém lucrou se deu bem com a pandemia.
SEM NOÇÃO
O governo mostra que não sabe avaliar o que representa brigar com o nosso principal parceiro comercial: a China. Desconhecem sua importância para a economia brasileira, sendo os nosso principal comprador e o país que mais investe aqui. Não sabe que China e Índia detêm os insumos para a fabricação das vacinas que o mundo usa.
Chegou ao ponto de o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP-SP), divulgar nota dura, afirmando que Bolsonaro podia ter “grave doença mental” e sugeria a “interdição civil” do presidente. “Se faltar vacina e insumo, Bolsonaro precisa ser afastado imediatamente. Não tem conversa”, declarou.
Com informações do Valor Econômico e Correio Braziliense
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