Cada vez que o novelo da novela Covaxin vai se desenrolando, vários absurdos vão se revelando após as denúncias dos irmãos Miranda. Primeiro, o presidente Jair Bolsonaro sabia do problema. Depois, ele havia citado o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades. Agora, entrou em cena o seu filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
Segundo a revista Veja, ele favoreceu a entrada de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, junto ao governo federal pelo menos uma vez: no fechamento do contrato de venda da vacina indiana Covaxin para o Ministério da Saúde. A publicação mostra que, em 13 de outubro de 2020, Flávio participou de uma videoconferência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano (seu amigo), e com Maximiano.
Em nota, o senador disse que não tem qualquer relação com o dono da Precisa, ressaltando que “tem apenas conhecidos em comum”. “A tentativa de criar conexões entre o parlamentar e a empresa causa estranhamento e parece ser parte de um esforço para criar uma narrativa falsa”, disse. Para variar, sempre os outros criam narrativas.
A Veja procurou saber da assessoria do BNDES qual assunto foi tratado na videoconferência. “O presidente Gustavo Montezano se reuniu em 13/10/2020 com executivos da XIS Internet Fibra, que buscavam alternativas de financiamento para seus investimentos”, respondeu a assessoria do banco. “Após esse encontro virtual, ocorreu nova reunião da equipe técnica do banco para explicação mais detalhada das alternativas de apoio ao setor de telecomunicações, a qual não contou com a participação do presidente Montezano ou do senador. Não ocorreu nenhuma contratação do BNDES com a XIS Internet Fibra e nem existe trâmite para isso atualmente”.
Entretanto, segundo a revista, a assessoria não explicou a razão da presença do senador no encontro.
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