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Desigualdade de gênero e raça é debatida na Assembleia Legislativa

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Uma sessão especial, realizada pela Assembleia Legislativa da Bahia nesta quarta (27), celebrou o Julho das Mulheres, Pretas, Latino-Americanas e Caribenhas. Realizado pela Comissão dos Direitos da Mulher, presidida pela deputada Olívia Santana (PCdoB) e com o tema “Representação e Representatividade: Políticas de Inclusão de Gênero e Raça”, o evento teve a participação da jornalista, escritora e professora Rosane Borges.

A professora destacou que é importante se construir outra forma de existência e de representação social, a partir do olhar das mulheres negras. “As mulheres negras têm a capacidade de pensar no comum, no coletivo. Por isso, precisamos ocupar espaços de poder, visando mudar essa difícil realidade. Nós podemos protagonizar grandes revoluções. E já fazemos nas comunidades”, afirmou.

Segundo Rosane Borges, é essencial as mulheres atuarem políticamente. “Temos que participar da formulação das políticas econômicas e sociais. Em outubro, precisamos votar para fazer a civilização vencer a barbárie. Sem nós, mulheres negras, não há democracia plena”, destacou.

CTB BAHIA

Parceira na construção da sessão, a CTB Bahia foi representada pela presidenta Rosa de Souza, que destacou a importância da luta contra a desigualdade e a discriminação de gênero e raça. “Queremos uma sociedade mais justa economicamente e socialmente para todas as mulheres. Não podemos aceitar que as afrodescendentes recebem salário médio mais baixo em relação pessoas não afro e homens afro, por exemplo. Muito menos que estejam em primeiro lugar nos índices de pobreza em famílias monoparentais que chefiam”, ponderou.

A sindicalista reforçou a tese de Rosana Borges sobre a necessidade da participação feminina na política. “Precisamos de mais candidaturas femininas e eleger mais mulheres para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa. Assim, as pautas femininas ganham força e se traduzem em leis que melhorem a vida das mulheres. Prabenizo as sindicalistas Valéria Possadagua, Lúcia Maia e Tereza Bandeira por contribuírem na construção desse ato no Parlamento baiano”, destacou.

Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), o racismo está sendo naturalizado com o governo Bolsonaro. “Isso precisa de uma reação firme das mulheres negras, que mais sofrem com o problema, e da sociedade. Precisamos reverter essa crise civilizatória, e é através da política que conseguiremos. Essa sessão une as mulheres em defesa da democracia e contra racismo”, destacou.

com informações da CTB Bahia

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