A defesa dos direitos dos povos indígenas será uma marca nas ações do pré-candidato a deputado federal pelo PCdoB, Wenceslau Júnior, caso seja eleito. Acompanhado do pré-candidato a deputado estadual (também pelo partido), Cacique Aruã Pataxó, o comunista participou de encontros em aldeias indígenas na Região Extremo Sul da Bahia: Craveiro, Águas Belas e Corumbalzinho, em Prado; Boca da Mata, em Porto Seguro; e Coroa Vermelha, em Cabrália.
Nos encontros, ficou claro o compromisso com a demarcação das terras indígenas e contra o Marco Temporal. “Os povos indígenas estão resistindo para existir. Apoiar a luta desses povos é lutar pela vida e pela preservação do Meio Ambiente. Se deve existir um marco temporal para demarcação, ele deve ter como referência o ano de 1.500, ano da invasão portuguesa, pois se escavarmos nossas terras encontraremos os restos mortais dos ancestrais dos povos originários”, declarou Wenceslau.
Wenceslau e Aruã também conversaram com caciques, cacicas e lideranças de várias outras aldeias localizadas nos municípios do Prado, Alcobaça, Porto Seguro, Cabrália, Eunápolis, Itapebí e Belmonte. Os dois debateram o momento político, a luta e formação de alianças para a demarcação e regularização fundiária dos territórios indígenas, a inserção do índio na política, as reivindicações de melhorias para as comunidades indígenas (como ampliação de salas de aula, atendimento médico, sinal de telefonia, entre outros).
“As lutas indígenas são resultados da negligência do Governo Federal. Precisamos mudar esse cenário com representantes no Congresso Nacional compromissados em defender os interesses e direitos dos povos originários. É preciso estimular a criação de programa específico de atividades produtivas nas comunidades indígenas, para a geração de renda familiar, segurança alimentar e nutricional”, defendeu Wenceslau.
RELAÇÃO HISTÓRICA
O cacique Aruã Pataxó, que é presidente da Federação Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia, observou que, Wenceslau é um indigenista e possui uma relação histórica com a luta dos Tupinambás em Ilhéus. “Há cerca de dez anos, ele tem articulado e apoiado várias ações e projetos para as comunidades indígenas no Extremo Sul”, lembrou.
Para o cacique, “só será possível avançar e direcionar políticas públicas para melhorar a vida nas comunidades indígenas, com uma representação na Câmara dos Deputados de quem realmente conhece o nosso solo, as aldeias e a realidade de nossos povos e comunidades desenvolvendo projetos comunitário e político institucional de nos dêem qualidade de vida”.
A região conta com 50 comunidades indígenas, que estiveram representadas nos encontros. Participaram, também, Juremar de Oliveira e Kahú Pataxó, dirigentes estaduais do PCdoB; Samehy Pataxó, presidenta da Associação de Mulheres Indígenas do Extremo Sul da Bahia; Luiz Pataxó, secretário estadual da Juventude do MUPOIBA; Kamayrá Pataxó, presidente interino da FINPAT; cacique Zeca Pataxó, coordenador estadual do MIBA; Paulo Borracha, presidente da Associação Comunitária Bom Jesus; os caciques Juvenal, Nem, Roni, Atxuab Pataxó e Báia; e o vereador Vinicius Parracho.
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