Quase esquecido, o chamado orçamento paralelo do governo Bolsonaro volta ao debate com o novo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontando um sobrepreço de até R$ 130 milhões na compra de tratores e máquinas pesadas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.
Segundo informações do Estadão, o valor global da megalicitação feita em dezembro foi de R$ 2,89 bilhões, para a compra de 6.240 equipamentos. O órgão já tinha indicado “risco extremo de sobrepreço” em um convênio do ministério comandado por Rogério Marinho.
Somente na negociação de 1.544 motoniveladores com a XCMG Brasil Indústria Ltda, que custou R$ 1,13 bilhão, foi encontrado um sobrepreço de R$ 101 milhões. O restante foi superfaturado na compra de pás carregadeiras (R$ 14,1 milhões) e de escavadeiras hidráulicas (R$ 14,7 milhões). Deste valor, R$ 15,7 milhões já foram pagos, referente a 20 máquinas que foram entregues aos estados de São Paulo, Pernambuco e Paraíba.
O ministério enviou nota à imprensa explicando que procurou as empresas vencedores da licitação para tentar renegociar os preços, e confirmou a “cobrança maior no valor de R$ 2,9 milhões” na compra de motoniveladores de São Paulo e Pernambuco. Nestes casos, a pasta já teria acordado com a devolução do valor excedente.
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