Se o gabinete da Presidência está preocupado com os sinais de cansaço físico e mental de Jair Bolsonaro, agora terá mais outro motivo: a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar a possível prevaricação do presidente no caso da vacina indiana Covaxin.
Prevaricação ocorre quando um funcionário público é informado de uma irregularidade, mas retarda sua ação ou deixa de atuar para que ela seja apurada e punida. A abertura do inquérito havia sido determinada pela minha Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O escândalo e o possível envolvimento de Bolsonaro vieram à tona quando o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse que avisou ao presidente que superiores de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, teriam feito “pressões atípicas” para que ele liberasse a importação da vacina.
Miranda relatou ainda que, ao ser informado do caso, Bolsonaro afirmou que iria acionar a Polícia Federal. O que não aconteceu. O contrato entre o Ministério da Saúde e a Covaxin previa que o governo compraria 20 milhões de doses do imunizante por US$ 15 a dose, o equivalente a R$ 1,6 bilhão. O preço da dose da vacina indiana é o mais caro já contratado pelo governo para um imunizante contra a Covid-19.
Com informações de O Globo
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