Um setor que sempre vai bem nas crises é o financeiro. Enquanto o setor produtivo vive dificuldades, os bancos sempre celebraram lucros crescentes. E a pandemia fez as instituições financeiras ampliarem suas margens com cortes de custos e se digitalizando. O resultado mais cruel é a demissão de milhares de bancários.
Com isso, o setor está sempre na Justiça do Trabalho. Um levantamento para o Monitor do Mercado, feito pela DataLawyer, parceira da revista Consultor Jurídico (ConJur), mostra que os bancos se tornaram os principais alvos de ações trabalhistas durante a pandemia.
Antes da crise sanitária, o setor mais processado é o da construção civil, com 60,7 mil ações. Agora, a lista passou a ser encabeçada pelas instituições financeiras. São 45,5 mil processos trabalhistas entre junho de 2020 e junho de 2021.
“A pandemia acelerou a transformação digital no mercado financeiro. As pessoas deixaram ainda mais de ir às agências e de utilizar certos serviços, o que mudou o perfil das atividades das instituições financeiras e certamente impactou nesse fenômeno”, diz Alexandre Zavaglia, diretor da Finted Tech School.
FECHANDO E LUCRANDO
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no início da pandemia, os cinco maiores bancos do país extinguiram 12,7 mil postos de trabalho. Itaú, Bradesco, Santander e Caixa, juntos, fecharam 1.376 agências físicas em 2020.
Parece que o setor fecha para lucrar. Balanços do segundo trimestre de 2021 mostram isso: Itaú Unibanco lucrou R$ 7,5 bilhões, Bradesco ficou em R$ 6,319 bilhões e Banco do Brasil com R$ 5,5 bilhões.
Com informações da Conjur
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