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AstraZeneca tinha alertado governo que não negociava via intermediários

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Revelações da Globonews mostram que o governo foi alertado, em janeiro, pela farmacêutica AstraZeneca que não negociava vacinas contra a Covid-19 por intermediários no mercado privado. Os documentos já estão nas mãos da CPI da Covid.

Um dos documentos mostra que uma diretora da companhia enviou e-mail à Ao Ministério da Saúde e à Anvisa ao ser informada que uma companhia, em Vila Velha (ES), havia oferecido doses do imunizante ao governo.

Mesmo assim, o então diretor de Imunização do Ministério, Lauricio Monteiro Cruz, deu aval para que o reverendo Amilton Gomes de Paula, que preside a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), negociasse. Eram 400 milhões de doses da vacina em nome do governo brasileiro com a empresa Davati Medical Supply.

Lauricio foi citado em depoimento à CPI por Luiz Paulo Dominghetti, que se apresenta como representante da Davati. Ele disse que esteve com três servidores da pasta durante as negociações: Elcio Franco; Roberto Ferreira Dias; e o “seu Lauricio”. Dominghetti também acusou Roberto Dias de pedir propina de US$ 1 por dose em suposta negociação para a aquisição do imunizante.

O Ministério da Saúde foi procurado pela rede de TV, mas não respondeu. Da mesma forma, o UOL, que aguarda retorno.

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