Análises da Anvisa sobre o pedido de autorização, em caráter excepcional, feito pelo Ministério da Saúde para a Covaxin, detectou os mesmos desvios que o servidor Luis Ricardo Miranda. E ainda apontou vários outros, segundo informação da jornalista Malu Gaspar, colunista de O Globo.
Entre as irregularidades, constam problemas na nota fiscal de importação, previsão de envio de vacinas muito próximas do prazo final de validade e a falta de certificados de eficácia, segurança e qualidade nos padrões da OMS.
Foi isso que baseou a negativa de autorização para importação da vacina, do relator dos pedidos da Covaxin, o diretor Alex Campos. A reunião da diretoria da Anvisa aconteceu no dia 31 de março deste ano e todos os outros diretores vetaram a importação por unanimidade.
Malu Gaspar lembrou que a vacina indiana só conseguiu o aval da agência em 4 de junho, após fazer um novo pedido e apresentar novos documentos. O contrato sob suspeição previa a compra de 20 milhões de doses em cinco entregas de 4 milhões, mas a nota fiscal falava em 3 milhões de doses de vacina. Além disso, o documento dizia que o pagamento seria feito adiantado, antes da entrega dos imunizantes.
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