Por Rodrigo Cardoso*
No dia 28 de agosto, bancários e bancárias celebram seu dia, nessa data que lembra a primeira greve nacional da categoria, ocorrida em 1951, há 70 anos.
Ao longo dessa história, nossa categoria construiu um Movimento Nacional que conquistou convenções e acordos coletivos que garantem direitos e contribuímos com as lutas de toda a classe trabalhadora e do povo brasileiro por um país mais justo e desenvolvido.
Este ano, mais uma vez não haverá eventos festivos, devido à pandemia da Covid-19. A maioria da categoria ainda não tomou a segunda dose da vacina. Mas comemoramos a conquista do direito à inclusão no Plano Nacional de Imunização (PNI), após muito diálogo, debate técnico com as autoridades públicas da Saúde e muita MOBILIZAÇÃO.
Também não haverá Campanha Salarial, pois a categoria tem acordo vigente até o ano que vem, com garantia de direitos e reajuste das verbas salariais com 0,5% de aumento real, em um cenário de negociações trabalhistas difíceis, em que a grande maioria das categorias não tem conseguido repor as perdas com a alta da inflação que corrói o poder de compra do povo e se sente principalmente em relação aos alimentos, ao gás de cozinha, a gasolina, dentre outros itens básicos.
O Sindicato segue na luta permanente pela contratação de mais funcionários para possibilitar a melhora no atendimento aos clientes.
Chama a atenção para que os clientes utilizem os canais de denúncias dos bancos, o número 145 do Banco Central e os órgãos de defesa do consumidor, quando perceberem violações a seus direitos. No cenário da PANDEMIA, o BC autorizou algumas restrições no acesso às agências para evitar aglomerações, mas isso não significa o fim das regras de proteção ao consumidor bancário.
O Sindicato também comemora a reversão de demissões ilegais, de funcionários acometidos por problemas de saúde, ocorridas em alguns bancos.
Também estamos atentos aos ataques que não cessam, como a minirreforma trabalhista da MP 1045, aprovada na Câmara e tramitando no senado, que cria um modelo de contratação de trabalhadores com menos direitos e sem carteira assinada e ainda reduz o valor da hora extra para nós bancários e outras categorias. Mais uma retirada de direitos a pretexto de uma suposta criação de empregos, que nunca ocorre, como foi com a reforma trabalhista de Temer e a previdenciária de seu sucessor Bolsonaro.
Enquanto o desemprego segue nas alturas e a fome atinge dezenas de milhões de pessoas, ao invés de propor medidas que possam amenizar o sofrimento do povo e retomar a atividade econômica de forma sustentável, o presidente aposta na instabilidade institucional e no confronto com os demais Poderes da República, tentando impor um projeto autoritário através de um golpe de Estado, para encobrir seus inúmeros crimes de responsabilidade e a entrega do patrimônio nacional que ameaça empresas importantes como a Eletrobrás, os Correios, a Petrobrás e os bancos públicos, instrumentos fundamentais para a promoção do desenvolvimento.
O Sindicato dos Bancários de Ilhéus reafirma a crença na democracia e no respeito às suas regras como forma de solucionar as divergências e propor medidas necessárias à superação das múltiplas crises que o país vive, segue com fé e esperança que a união do povo derrotará qualquer ameaça autoritária e abrirá um novo caminho para a construção de um país mais desenvolvido, justo e solidário.
* Presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus
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