Só a política para explicar determinadas situações, como a do PDT baiano, por exemplo. Rompeu com o governo Rui Costa e permanecer na gestão? Realmente, é “tremer na base” aliada do projeto que comanda a Bahia.
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o presidente estadual da legenda, o deputado federal Félix Mendonça Júnior lamentou e argumentou algo inusitado: ciúmes. “A decisão é por ciúmes, porque o PDT apoiou Bruno Reis e colocou a vice, Ana Paula Matos, na disputa da Prefeitura de Salvador.
O parlamentar ainda cutucou o PT: “Apoiar Bolsonaro pode. Apoiar Bruno Reis, não pode”, declarou. “Eu acho que o PT na Bahia é o PT mais bolsonarista do Brasil. Ou seja, todos esses partidos que fazem parte do governo e que estão no governo são partidos que apoiam Bolsonaro. Aqui na Bahia não é o lulopetismo. É o lulobolsonarismo, porque o PP apoia o Bolsonaro e está no governo; o PSD apoia Bolsonaro e está no governo; e todos os partidos que apoiam Bolsonaro têm espaços grandes no governo. Nós temos ideologia e não fisiologia”, disparou.
VOLTANDO AO SAI, MAS FICA
O chamado imbróglio já está gerando “treta” interna. O partido estava na Secretaria de Agricultura, Junta Comercial da Bahia (Juceb) e Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro). Mas, tem gente resistindo a deixar o barco Palácio de Ondina. Há especulações sobre possível saída da legenda do deputado Roberto Carlos, para manter seguir no Ibametro.
Aos possíveis rebelados, Mendonça pondera: “Se os deputados ficarem com o governo, independente da opção do partido, é uma opção dos deputados e não do partido. Sendo assim, eles devem provavelmente procurar um novo partido para ficar”.
Em Itabuna, o PDT apoia ACM Neto e tem, em seus quadros, pessoas que defendem o presidente Jair Bolsonaro. O problema é, às vezes, ficar com cada um dos pés em dois barcos. Só compasso técnico aberto faz desenhos perfeitos. Na política, o papel pode rasgar e se partir ao meio. Será?
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