Foi um dia, realmente, complicado e o tempo fechou para o governo Bolsonaro. Depois de a PF abrir inquérito para investigar o escândalo da Covaxin (VEJA AQUI), o “Superpedido de Impeachment” contra o presidente foi protocolado, nesta quarta (30), na Câmara dos Deputados.
O documento reúne acusações presentes em outros 100 requerimentos entregues anteriormente e é assinado por juristas, advogados, entidades, partidos políticos e parlamentares dos mais diversos campos ideológicos, inclusive que apoiavam Bolsonaro.
Segundo a advogada Tânia Maria de Oliveira, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), as denúncias do caso Covaxin fazem parte, mas ainda precisam ser investigadas pela CPI e pelo Judiciário. Ela disse que o assunto poderá ser apresentado em um adendo, caso fique comprovado que Bolsonaro sabia do esquema.
Mesmo assim, ela aponta que o crime de prevaricação do presidente da República no caso já está caracterizado. “Levamos muito a sério uma acusação de crime, e todos os crimes que estamos imputando ele praticou mesmo. Por exemplo: prevaricação. Bolsonaro não negou que conversou com o deputado Luis Miranda e que ele sabia. Ele deixou de investigar os fatos criminosos. Isso é prevaricação”, explicou.
O movimento deve construir novas ações para o processo ir adiante, uma vez que para ganhar tramitação, “o superpedido” depende de decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Jair Bolsonaro.
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