Ao que parece, os donos de supermercados itabunenses estão ouvindo muito o cantor Djavan. Além de demorarem para conversar, quando sentaram à mesa, insistem em “zero a zero” no reajuste salarial de quem ajuda o setor e as empresas comemorarem bons números. Além de se mostrarem canguinhas com zero de aumento, querem retirar direitos, segundo o Sindicato dos Comerciários de Itabuna, que promete reagir.
De acordo com o Dieese (entidade que assessora os sindicatos), em 2023, os supermercados na Bahia tiveram crescimento do volume de vendas em 11,3%. Em janeiro deste ano, cresceu 18,1% e a receita de vendas aumentou em 9,2%. Ou seja, o setor está bem melhor do que nos anos anteriores, se beneficiando da inflação mais baixa e da geração de empregos. Mas, segue pagando salário ainda muito baixos. Pelos números, as empresas podem repor a inflação e ainda oferecer ganho real a quem sempre chamam de “colaboradores”.
Segundo a presidenta do Sindicato, Amanda Santos, essa atitude do sindicato patronal é um desrespeito. “Insultou nossa dignidade profissional. Propuseram um retrocesso absurdo, rasgando os acordos já estabelecidos na Convenção Coletiva. Ainda sugeriram o pagamento de um salário mínimo seco, sem os benefícios conquistados ao longo dos anos, como Triênio e Quebra de Caixa. Uma afronta à nossa força de trabalho, que movimenta e dá lucro a esses estabelecimentos todos os dias”, afirma.
O Sindicato rejeitou a proposta e promete reagir forte. “Não nos curvaremos diante de retrocessos que ferem nossos direitos conquistados com luta e suor. É hora de nos unirmos em defesa de nossos interesses”, enfatiza, lembrando que a entidade convoca a categoria para uma assembleia presencial, nesta sexta (15), em diversos horários, além de um encontro virtual às 20h.
com informações do Sindicato dos Comerciários
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