O problema de moradia no Brasil é grave há séculos, empurrando milhões de brasileiros para ocuparem áreas abandonadas, muitas vezes usadas para especulação financeira e imobiliária. Ver pessoas despejadas é cruel, como o caso de 230 famílias que viviam em um terreno na Vila Dionísia, em São Paulo.
Pior, ainda, é quando parte de um pastor. Sem dó nem piedade, Romildo Ribeiro Soares (R. R. Soares), da Igreja Internacional da Graça de Deus, pediu e a juíza Fernanda de Carvalho Queiroz e o desembargador Ricardo Belli, do Tribunal de Justiça, decretarem o despejo.
No processo, a defensora pública Cecilia Ferreira argumentou que o terreno não cumpria função social e pediu a suspensão do despejo, mas sem sucesso. Segundo os moradores, “o local era um monte de mato até a chegada deles e que a Igreja tem projetos para o espaço, de atendimento à comunidade e um templo.
Já a Prefeitura de São Paulo, informou que a área é particular e a reintegração de posse foi determinada pela Justiça, e que famílias foram cadastradas para a rede socioassistencial, acolhimento e cadastro para programas de transferência de renda. Apenas cinco famílias aceitaram o acolhimento.
“SÓ JESUS”
Um resumo do episódio foi feito por Maria José dos Santos, 62 anos. “É a primeira vez que estou passando por isso. Não tenho palavras. Não sei para onde vou. Talvez para uma nova ocupação. Estou sem dormir. Só Jesus”, disse.
Revoltado com a postura do correligionário rico, o pastor Edilson de Souza Barreto foi taxativo: “Esse é um falso profeta. O que o R.R. Soares está fazendo com as famílias é ser um falso profeta”.
Com informações e foto do Yahoo! Brasil
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