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Santa Casa x Prefeitura: uma novela sem fim

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A Santa Casa cobra dívida de R$ 30 milhões em emendas parlamentares e diz que a Prefeitura de Itabuna descumpriu o contrato da prestação de serviço no Hospital Manoel Novaes. Do outro lado, a Secretaria de Saúde alega questões burocráticas que dificultam e atrasam repasse de verbas públicas, além da questão das emendas estar judicializada.

Esse choque, que prejudica a população que precisa de atendimento médico (especialmente gestantes e crianças), mostra o claro conflito envolvendo o setor público e o privado. Tudo porque, para garantir saúde a todos da sociedade, sem distinção, o SUS precisa contratar empresas privadas, mesmo com a natureza filantrópica e sem fins lucrativos.

Uma relação que seria de cooperação, por contrato ou convênio, passa a ser conflituosa, com o privado muitas vezes se sobrepondo aos interesses públicos. No caso da Santa Casa, os responsáveis querendo até mandar na Prefeitura, inclusive ameaçando suspender o atendimento no Manoel Novaes.

SAÍDAS

Essa realidade é resultado da fragilidade da saúde pública no município. Sem serviços de alta complexidade, tem que recorrer exclusivamente à Santa Casa, deixando Itabuna e a região praticamente reféns da instituição. Até quando?

Após várias gestões, quem sofre é a população: vítima de doenças, da falta de atendimento adequado e de um debate interminável. Mas, há saídas. Primeiro, é reforçar o Hospital de Base, do SUS, capacitando a unidade para atendimentos complexos. Itabuna precisa, com urgência, de uma maternidade pública (já anunciada pelo governo do Estado).

Nesse conflito, não dá para os interesses públicos serem subordinados a interesses privados. Ninguém duvida da importância dos hospitais filantrópicos. O que não pode é agentes privados defendendo um modelo de saúde que prioriza o “mercado”. A população itabunense tem direito a um serviço de saúde pública de qualidade.

A Redação

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