A Prefeitura de Itabuna anunciou que planeja o retorno às aulas na educação infantil e cursos livres na rede privada de ensino. É claro que toda a sociedade quer a volta das crianças e jovens às escolas, depois de mais de um ano de pandemia. Mas, existem ponto importantes a se considerar pelo poder públicos.
O anúncio aconteceu depois de reunião entres secretários municipais e técnicos, a pedido do prefeito de Itabuna Augusto Castro (PSD), atendendo reivindicações de dirigentes escolares e do Movimento Volta às Aulas. Segundo o secretário de Governo, Josué Brandão Júnior, o retorno seria de forma segura e escalonada, com base em informações técnicas, protocolos de segurança, casos ativos, ocupação de leitos clínicos e de UTI, e o percentual de profissionais do setor da Educação vacinados.
Nesse debate, é importante ver o quadro de pandemia em Itabuna. Com alguns hospitais atingindo 100% de leitos ocupados e o número crescente de casos, é propício o retorno? Ao resolver a questão para o setor privado, a Prefeitura não estaria reforçando dois tipos de estudantes? Os que têm condições de garantir protocolos, no setor privado, e os que não possuem essas condições, no setor público.
Decidindo pelo retorno no privado, não oficializará as dificuldades no público? Não acentuará a diferenciação entre estudantes das escolas públicas e privadas? Não reforçará a formação de castas a partir da educação?
PONDERAR
Uma prefeitura deve ponderar essas questões. A proposta será discutida em reuniões, no dia 1º de julho, com o Conselho Municipal de Educação (CME) e Sindicato do Magistério Público Municipal de Itabuna (Simpi), e dia 5, com a comissão de pais de alunos da rede particular.
O encontro contou com a participação dos secretários da Educação, Janaína Araújo; da Saúde, Lívia Mendes Aguiar; de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, Ricardo Xavier; de Segurança e Ordem Pública, Mariana Alcântara; do procurador-geral do município, Álvaro Ferreira; do presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania, Aldo Rebouças, e dirigentes escolares e do Movimento Volta às Aulas.
Com informações da Prefeitura
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