Um governo que teve, desde o início (e ainda tem), ministros investigados por corrupção, e com casos suspeitos envolvendo a família e o próprio presidente Jair Bolsonaro. É o mesmo governo que propõe uma reforma administrativa com o discurso anti-corrupção.
Mas, na avaliação da professora de administração pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alketa Peci, a reforma proposta por Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai aumentar mais a corrupção. Ela falou com exclusividade para o Brasil Econômico ao Vivo (veja o vídeo abaixo).
O risco é real com mais indicações de cargos, após o fim da estabilidade dos servidores federais. “O Brasil é um país paradoxal. Se por um lado, conseguimos consolidar um governo forte, profissional, com estabilidade, por outro lado, temos uma boa proporção de cargos politicamente indicados”, ponderou.
Segundo a professora, os países onde a administração pública performa melhor no âmbito econômico, e tem menores níveis de corrupção, são aqueles que a burocracia independe da política. “O órgão independente funciona como peso e contrapeso ao poder político. Acaba pressionando os políticos a não abusarem, já que se baseiam em processos de escolha meritocráticos, e possuem corpo técnico qualificado”, afirmou.
Com informações do IG/Economia
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