Um levantamento do site Metropóles mostra que deputados e senadores do PP, partido do presidente da Câmara, Arhur Lira (AL), e do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI), apadrinharam ao menos R$ 2.074.706.936,35 em emendas de relator (RP9), do chamado orçamento secreto, nos últimos dois anos.
Esse mecanismo tem sido usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para negociar apoio de políticos do Centrão. O PP, pela força de seus líderes no Congresso e no governo Bolsonaro, é tido como o coração do bloco.
O orçamento secreto multiplicou o total de verbas a que cada parlamentar têm direito. Deputados e senadores poderiam destinar R$ 15,940 milhões e R$ 16,279 milhões por meio de emendas individuais em 2020 e 2021, respectivamente. Em média, os filiados do PP ganharam mais R$ 42,340 milhões para apadrinhar no mesmo período (R$ 21,170 milhões por ano).
A base do levantamento são ofícios enviados na segunda-feira (9/5) pelo Senado Federal e Congresso Nacional ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte recebeu respostas de 340 deputados federais e 64 senadores (68% do total). Entre os parlamentares filiados ao PP, 14 deputados não enviaram respostas à Suprema Corte.
MÃE DO MINISTRO LIDERA
De acordo ainda com o estudo, a senadora Eliane Nogueira, do PP do Piauí, acumulou os maiores valores dentro do partido: R$ 399 milhões. A mãe do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, tomou posse quando seu filho licenciou-se para assumir o novo cargo, em julho do ano passado.
Em seguida, vem o presidente da Câmara, Arthur Lira, com R$ 357 milhões. Em terceiro lugar, está o senador Elmano Férrer, também eleito pelo Piauí, que acumula R$ 124,3 milhões.
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