O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda fez uma denúncia grave sobre possíveis irregularidades na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin (LEIA AQUI). E afirmou que comunicou ao presidente da República. Em vez de ter apurado o fato, agora o governo pedirá para a Polícia Federal (PF) e para a Controladoria-Geral da União (CGU) investigarem o servidor.
A decisão foi comunicada, nesta quarta (23), pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro determinou a abertura de inquérito para investigar “as atividades” do servidor, além de declarações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), seu irmão.
Onyx também disse que o governo pedirá à CGU a realização de um procedimento administrativo disciplinar (PAD) para investigar o servidor, alegando que tem um documento mostrando indícios de adulteração. Por isso, solicitará perícia do documento à Polícia Federal. Luis Ricardo e o deputado Luis Miranda também seriam investigados por denunciação caluniosa e fraude processual.
Na denúncia, o servidor relatou uma “pressão anormal” no processo para agilizar o envio da documentação à Anvisa, mesmo estando incompleta, e pedir a importação da Covaxin. O G1 lembrou que o governo empenhou R$ 1,6 bilhão para assegurar a compra do imunizante.
O pagamento não foi feito porque as vacinas não foram entregues, mas o empenho mostra ação do governo para adquirir o imunizante. O Ministério Público Federal (MPF) identificou possíveis crimes no caso e vai levá-lo da esfera civil para a criminal.
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