O presidente Jair Bolsonaro será investigado por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O inquérito investigará a participação do presidente no vazamento de uma investigação sigilosa da Polícia Federal (PF).
Essa ação decorre de um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de notícia-crime, assinada por todos os ministros, e traz o relato de suposta conduta criminosa do chefe do Executivo. No dia 4, o presidente divulgou a íntegra de um inquérito da PF que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018, que não representou qualquer risco às eleições.
Moraes determinou a remoção dos links disponibilizados pelo presidente com a íntegra da investigação e o afastamento do delegado da PF que era responsável por esse inquérito. Na transmissão que será investigada, Bolsonaro e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) divulgaram o conteúdo do inquérito da PF sobre o suposto ataque aos sistemas do TSE. As informações da apuração foram distorcidas e tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusão do inquérito pela polícia.
O ministro ressaltou que os dados não poderiam ser divulgados sem autorização da Justiça e que não houve justificativa para que Bolsonaro e Barros dessem publicidade à apuração. Na decisão, Alexandre de Moraes também definiu que Filipe Barros e o delegado deverão prestar depoimentos à Polícia Federal.
Essa investigação é um desdobramento do inquérito das fake news, aberto em 2019 no STF para apurar a disseminação de conteúdo falso na internet e ameaças a ministros da Corte.
Com informações do G1
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