O colunista Guilherme Amado, do Site Metrópoles, revelou que a Receita Federal rastreou investigações fiscais contra Jair Bolsonaro, a mulher Michelle e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, além de Fabrício Queiroz e duas ex-mulheres do presidente.
De acordo com Amado, a operação fez uma devassa nos sistemas para identificar investigações contra a família Bolsonaro e as demais pessoas citadas. Tudo começou após um pedido da defesa de Flávio Bolsonaro ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em setembro passado. Isso para saber se o perfil tributário do senador havia sido acessado indevidamente.
Tem um documento assinado por Gileno Gurjão Barreto, diretor do Serpro, em outubro de 2020 e enviado à defesa de Flávio, mostrando que a Receita Federal dividiu a apuração em dois lotes. Segundo o colunista, a apuração usou 22 sistemas de dados da Receita, entre janeiro de 2015 e setembro de 2020. E custou aos cofres públicos R$ 490 mil.
ANULAR O CASO QUEIROZ
Amado lembra que, em agosto do ano passado, a defesa de Flávio Bolsonaro disse a Jair Bolsonaro que uma suposta organização criminosa instalada na Receita teria pesquisado ilegalmente o perfil tributário do filho. Tudo para municiar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na produção do relatório que geraria o caso Queiroz.
Se comprovada a denúncia, o caso Queiroz seria anulado. A coluna informou que a Abin enviou relatórios a Flávio Bolsonaro, orientando como seus advogados deveriam proceder para obter provas para anular o caso.
Luciana Pires, advogada de Flávio, confirmou em entrevista que os documentos foram produzidos pela Abin. Procurados, Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), e Alexandre Ramagem (diretor da Abin), negam ter produzido os relatórios.
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