Enquanto o Brasil caminha para 500 mil mortes por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro segue participando de eventos, sem máscara e criticando as medidas de combate à pandemia. Neste sábado (12), ele participou de passeio de motociclistas em seu apoio. Mais uma vez, a maioria dos participantes não usou máscaras.
É algo bem diferente de outros chefes de nações pelo mundo, que seguem com medidas restritivas em seus países para evitar nova onda da pandemia. Mostra a falta empatia da “maior autoridade” do Brasil, que desdenha da doença e das vítimas a cada evento. No passeio chamado de “Acelera para Cristo”, milhões de brasileiros se afligem com a rapidez da Covid, a lentidão da vacinação e a demora do governo para comprar vacinas.
Por ir de encontro à medidas como uso de máscara, Bolsonaro, o filho Eduardo e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, foram multados. Outro fator que chamou atenção foi que a maioria dos motociclistas cobriu a placa da moto com fitas adesivas. Se o ato faz parte da vida democrática, por quê se esconder? Há algo de errado?
Sobre isso, Luiz Célio Bottura, engenheiro e consultor de trânsito, o CTB (Código Brasileiro de Trânsito) afirma que todas as placas devem possuir caracteres identificadores, dando a prerrogativa, a algumas autoridades, de usar cores diferenciadas de identificação.
CONTRA A VIDA
Após o ato, o presidente falou e seguiu seu discurso contra tudo o que especialistas defendem e as propagandas do próprio governo. Voltou a falar contra o uso de máscaras e o isolamento social, e a favor de remédios sem eficácia. Sem provas, o presidente voltou a dizer que houve excesso de notificações de mortes. Afirmou que, em 2020, quase 190 mil que teriam morrido de outras causas, foi colocada a razão de óbito Covid.
Nessa linha, Bolsonaro afirmou que houve, sim, supernotificações. “E caso nós venhamos a comprovar isso, vamos ver que o Brasil passaria a ser um dos países que tem o menor índice de morte por habitante. E onde está o segredo disso? Que parece ser pecado falar: está no tratamento precoce. No ano passado, eu com 65 anos de idade fui acometido de Covid e tomei hidroxicloroquina. No dia seguinte, estava curado”, afirmou.
Com informações do G1, IG e UOL
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