Após o PL de Jair Bolsonaro pedir a anulação das eleições presidenciais com argumentos absurdos e sem provas, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enquadrou o partido. A legenda pediu, nesta terça (22) a anulação dos votos de 279.336 urnas utilizadas na votação do segundo turno.
Moraes determinou que o PL entregue, em 24 horas, também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno. A questão é que, se o partido questionar a lisura da primeira etapa da eleição, os votos de Bolsonaro e de todos os parlamentares e governadores da sigla estarão sob suspeita, o que eventualmente poderia fazê-los perder os mandatos.
Basta lembrar que o PL fez dois governadores e tem a maior bancada da Câmara, com 98 deputados federais, além de eleger oito senadores para os 27 assentos disponíveis no pleito deste ano. Segundo o presidente do TSE, “se as urnas a serem anuladas também no primeiro turno” não foram apontadas até quarta-feira (23), a petição apresentada pelo partido de Bolsonaro “será indeferida”, ou seja, recusada.
Especialistas em Direito argumetam que o documento do PL se assemelha mais a uma peça de ficção do que a um instrumento jurídico voltado à apuração de qualquer irregularidade eleitoral. No texto, o partido alega, sem explicar com informações reais e críveis, que as tais 279.336 urnas eletrônicas “apresentavam mau funcionamento” e que, sem elas, “Bolsonaro teria vencido com 51% dos votos”.
RESUMO DA ÓPERA – Como esperar seriedade de um partido com argumentações de fácil desqualificação? Na verdade, é mais uma tentativa de manter o discurso golpista de que Bolsonaro foi injustiçado. E que, por isso, tem que se anular as eleições, apenas na disputa presidencial. O Brasil não aceita mais essas atitudes irresponsáveis, que só têm o objetivo de tumultuar a sociedade e colocar a opinião pública contra a Justiça Eleitoral.
com informações do UOL
Compartilhe no WhatsApp
Comments