A CPI da Covid no Senado recebeu mensagens de um celular apreendido em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) que revelam a atuação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, para fazer uma indicação em um instituto ligado ao Ministério da Saúde.
Fez isso a pedido de um advogado. Em um dos diálogos, obtidos pelo O GLOBO, Ana Cristina diz que uma das nomeações ficaria “na conta de Renan”, se referindo ao seu filho Jair Renan.
Segundo informações, os registros das mensagens de Ana Cristina foram encontrados no celular do advogado Marconny Albernaz de Faria, apreendido durante a Operação Hospedeiro. Deflagrada em outubro de 2020, apurar suspeita de desvio de recursos do Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão ligado ao Ministério da Saúde no Pará.
RESUMO DA ÓPERA – Os vários processo e inquéritos que tramitam na Justiça mostram com a família Bolsonaro atua na política. Revelam como o pai, a mulher e a ex-mulher, e os filhos construíram uma atuação no espaço público para favorecer pessoas próximas e o clã. Vale lembrar alguns fatos: Michelle (cheques de R$ 89 mil na conta, depositados por Fabrício Queiroz e a esposa. Caso arquivado a pedido da PGR, mas deve ser reaberto, incluindo o presidente); o senador Flávio é acusado do esquema de corrupção da “rachadinha” e teria lavado até R$ 2,3 milhões com imóveis e loja de chocolate, segundo o Ministério Público do RJ; o vereador Carlos é investigado pelo Ministério Público por suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara; o deputado Eduardo Bolsonaro é alvo de ação em um caso em que ele comprou com dinheiro vivo dois imóveis na zona sul do Rio de Janeiro, entre 2011 e 2016; uma empresa contratada pelo governo, que recebeu R$ 1,4 milhão, prestou serviço de graça a Jair Renan.
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