O presidente Lula (PT) busca reaproximar o Brasil propondo a unidade das nações da América Latina e do Caribe. Ele defendeu essa tese nesta terça (24), falando da necessidade de reforçar a integração entre os países irmãos e que a região precisa aprofundar diálogos com China, Índia e com a União Europeia, União Africana e Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).
“Unidos por um passado colonial em comum, os países da América Latina e do Caribe devem unir forças”, afirmou Lula da Silva durante 7ª Cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac). O encontro realizado na Argentina marca o retorno do Brasil ao bloco regional. O país saiu da Celac durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), medida que Lula classificou como “inexplicável”.
“Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima. Nosso passado colonial. A presença intolerável da escravidão que marcou nossas sociedades profundamente desiguais. As tentações autoritárias que até hoje desafiam nossa democracia”, destacou.
PONTOS PARA INTEGRAÇÃO
O presidente brasileiro defendeu pontos que podem colaborar para a integração regional e uma “ordem mundial pacífica”, como o potencial de participar da transição energética dos países. “Temos em nossos territórios alguns dos principais biomas; dispomos de recursos naturais estratégicos, como os minerais críticos; conservamos parcela significativa da biodiversidade do planeta; e somos uma potência em recursos aquíferos, chave para o futuro da humanidade”, disse.
Para política ambiental, Lula defendeu Belém do Pará como sede da COP-30, em 2025, e a retomada da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). “A cooperação que vem de fora da nossa região é muito bem-vinda, mas são os países que fazem parte desses biomas que devem liderar, de maneira soberana, as iniciativas para cuidar da Amazônia”, afirmou, defendendo ser necessário “respeitar e proteger nossos povos originários” e “trabalhar para que a cor da pele deixe de definir o futuro de nossos jovens”.
Segundo Lula, o Brasil volta a olhar para seu futuro com a certeza de estar associado aos vizinhos bilateralmente. “É com esse sentimento de destino comum e de pertencimento que o Brasil regressa à Celac, com a sensação de quem se reencontra consigo mesmo”, destacou.
com informações do Brasil de Fato
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