Estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que o Dia dos Pais incremente um volume de vendas de R$ 6,03 bilhões, maior faturamento desde 2018. Representa alta de 13,9% em comparação à mesma data no ano passado, segundo o economista sênior da entidade, Fabio Bentes. O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro.

Ano passado, no início da flexibilização das medidas restritivas voltadas ao combate à pandemia do novo coronavírus, as vendas caíram 11,3% e geraram o menor volume financeiro (R$ 5,30 bilhões) desde 2007, que foi de R$ 4,98 bilhões.

“Nesse quesito, os pais deram mais sorte que as mães neste momento, pegando a economia um pouco mais favorável, embora a questão do preço e do crédito mais caro sejam uma certa âncora para um crescimento um pouco menor do que poderia ser se a inflação não estivesse alta. A recuperação seria bem mais rápida”, disse Bentes à Agência Brasil.

Ele diz que no setor de vestuário, que ainda passa por dificuldades, a tendência é de aquecimento nas vendas. A projeção é que as lojas que vendem roupas faturem em torno de R$ 2,43 bilhões, ou o equivalente a 40,2% do total estimado para este ano, seguindo-se os ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,24 bilhão) e produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 0,86 bilhão).

Para o economista, no caso das vendas online, a tendência é desacelerar um pouco, depois da alta de 47% de janeiro a maio deste ano, de acordo com a Receita Federal.