Depois da fala do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), ter sido distorcida quanto a corrupção entre os militares, o Ministério da Defesa e dos comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) emitiram nota repudiando o senador.
A troca de farpas aconteceu durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, quando Aziz disse que alguns militares devem estar “envergonhados” com irregularidades na compra de vacinas que envolveriam militares. Dias é acusado de pedir propina em um jantar com a presença de um coronel da reserva do Exército.
Ele, também, atribuiu ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade na negociação de vacinas. Sem contar as evidências de irregularidades durante a gestão do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, general da ativa.
“Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo. Fazia muitos anos”, disparou Aziz na CPI.
REAÇÃO MILITAR
Rapidamente, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e a cúpula militar divulgaram texto. “Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos”, diz um trecho da nota conjunta.
“As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, completam os militares. O presidente Jair Bolsonaro compartilhou a nota em suas redes sociais.
AZIZ REBATE
Em seguida, o senador Omar Aziz (PSD-AM) declarou, em sua conta no Twitter, que não vai se intimidar ante a nota emitida pelas Forças Armadas.
“Estão tentando distorcer minha fala e me intimidar. Não aceitarei! Não ataquei os militares brasileiros. Disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das forças armadas. Mais uma vez esse grupo se apega a fakenews para distorcer os fatos e criar sua narrativa. Mas a verdade sempre aparece”, postou.
Com informações do DCM
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