A pandemia agravou o que trabalhadores do mundo vivenciam havia algum tempo. As políticas adotadas por governos de direita só produziram desemprego em massa, arrocho salarial, perda de direitos e brutal precarização do trabalho. Tudo diferente do que diziam no Brasil, por exemplo, sobre a reforma trabalhista: não gerou emprego nem melhorou a vida das pessoas.
Por isso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) iniciou, na quinta (20), sua 109ª conferência (a primeira virtual) para debater a ‘devastação’ do mundo do trabalho. “Concluindo com êxito esta Conferência, a OIT dará um passo a mais pra a superação da pandemia de covid-19, que devastou o mundo do trabalho no último ano e meio”, declarou o diretor geral da organização, Guy Ryder. “E fazê-lo contribuirá de maneira crucial para construir o futuro da melhor maneira.”
Segundo a Organização, houve uma “diminuição sem precedentes” na ocupação ao longo de 2020. Foram 114 milhões de empregos a menos em relação ao ano anterior. Desse total, 81 milhões de pessoas deixaram de compor a força de trabalho, enquanto o desemprego aumentou em 33 milhões, chegando a um total estimado em 220 milhões, número equivalente à população do Brasil. Mulheres e trabalhadores jovens estão entre os grupos mais atingidos. Em 2020 se perdeu um total de 8,8% das horas trabalhadas, o que corresponde a 255 milhões de postos de trabalho com jornada integral.
RENDA CAI, POBREZA CRESCE
Ainda segundo a OIT, a renda do trabalho reduziu, globalmente, em US$ 3,7 bilhões. Valor equivalente a 4,4% do PIB mundial. Isso gerou redução do consumo, aumento da desigualdade e da pobreza.
Na conferência, o governo brasileiro será representado pelo secretário especial de Previdência Social e do Trabalho (Ministério da Economia), Bruno Bianco. O delegado dos empregadores é Vander Costa presidente da Confederação nacional do Transporte. E o dos trabalhadores, Carlos Augusto Müller, da CTB.
Com informações e foto da Rede Brasil Atual
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