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DesMOROnou: revolta de professores cancela participação de Sergio Moro em evento

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De herói a persona non grata tem sido o calvário do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, após as revelações da Vaza-Jato sobre seu comportamento nada ético no processo envolvendo o ex-presidente Lula. Moro teve sua participação cancelada no 3º Encontro Virtual do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil (Conpedi). Isso depois que professores protestarem contra sua presença e ameaçarem boicotar o evento no qual coordenaria o painel “O Papel do Setor Privado em Políticas Anticorrupção e de Integridade”, no dia 25.

Após a divulgação do painel com Moro, juristas e professores repudiaram a escolha, lembrando que o ex-juiz havia sido declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do caso do tríplex do Guarujá. Sobrou, também, para Apsen Farmacêutica, que patrocina painéis do evento e também foi alvo de ataques. A empresa é uma das maiores fabricantes de cloroquina do país, medicamento comprovadamente ineficaz contra a Covid-19.

Depois das críticas, a organização do evento emitiu um comunicado sobre o cancelamento do referido painel. “Em virtude da repercussão gerada em torno da programação do III Encontro Virtual do CONPEDI, a entidade, em comum acordo com seu parceiro institucional, resolve por atualizar a programação das atividades atendendo as manifestações expressas nas redes sociais da entidade”, afirmou a entidade.

DOCUMENTO

Em documento assinado por 124 profissionais de Direito, eles afirmaram que, apesar da decisão de vetar o painel, consideravam “um desrespeito a toda a comunidade jurídica do país e às suas instituições a possível presença daquele que foi declarado pelo Supremo Tribunal Federal como suspeito e parcial nos processos que dirigiu”.

Outro trecho do texto diz: “Se não bastassem tais ações, o comportamento do então juiz gerou incontáveis prejuízos materiais, financeiros e simbólicos ao país. Sua atuação alterou, inclusive, o processo eleitoral, ao condenar sem provas o candidato à Presidência da República que estava liderando francamente as pesquisas eleitorais, permitindo a vitória daquele que o alçaria ao status de Ministro de Estado apenas meses depois.”

Com informações de O Globo e O Vale

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