Economistas estimam que taxa de desocupação no Brasil pode permanecer alta até 2026 e que esse cenário poderá influenciar a decisão dos eleitores ano que vem
Com base em análises de pesquisadores da entidade ao longo do período pandêmico, o economista Luiz Guilherme Schymura do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, aponta que esse cenário deve ter implicações importantes para as eleições de 2022 e para a política econômica a ser conduzida até lá, assim como para o próximo governo a partir de 2023.
A taxa de desemprego bateu recorde no começo do ano, chegando a 14,7%. Entre 2014 e 2019, anos que englobam o momento de recessão, a taxa média atingiu 11,4%. No período anterior, de 1995 a 2014, esse número era de 9,3% e, de 1981 a 1994, 5%.
A FGV calcula que, para que o mercado de trabalho alcance um cenário mais positivo, seria necessário um crescimento de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) entre 2023 a 2026. Caso esse avanço aconteça, o número de pessoas desempregada ainda deve ficar em 10,1% no fim do período.
A projeção considera a análise sem os ajustes sazonais, ou seja, contratações de Páscoa, Natal, feriados prolongados. Com esses ajustes, o cálculo ficaria em 9,8%. Já em um cenário ainda mais pessimista, de aumento de 1,5% do PIB nos próximos cinco anos, o desemprego pode chegar ao patamar de 11,6% em 2026.
Em 2022, a população brasileira vai às urnas para escolher o próximo presidente do país. Frente a este cenário, os pesquisadores analisam que a conjuntura econômica pode influenciar a decisão dos eleitores.
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