O quarto presidente da Petrobras no governo Bolsonaro foi eleito, nesta segunda (27), pelo Conselho de Administração da estatal. Trata-se de Caio Paes de Andrade. A reunião do colegiado aconteceu pela manhã, após ele receber o aval do Comitê de Elegibilidade da companhia. e a votação terminou em sete votos a favor e três contra.

Andrade é o quarto presidente da Petrobras indicado pelo governo Bolsonaro e substitui José Mauro Coelho no comando da empresa. Essa troca é a terceira só este ano.

Para protestar contra o nome eleito, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizou ato afirmando que o novo indicado é próximo ao ministro da Economia Paulo Guedes e não tem a menor experiência em gestão, o que é exigido pelo decreto 8.945 que regulamenta a Lei das Estatais (13.303/2-16).

Na seção VII do decreto, o artigo 28 diz que é obrigatório ter formação acadêmica compatível e notório conhecimento compatíveis com o cargo. Assim, o nome do novo teria dois impeditivos para sua nomeação: a experiência profissional e a formação acadêmica.

POLÍTICA DE PREÇOS

Para a FUP, a questão é que os preços dos combustíveis estão em níveis insustentáveis, enquanto a renda média do trabalhador caiu quase 10%, em 12 meses, segundo o IBGE. Mesmo sabendo dos efeitos da privatização das refinarias, que só faz aumentar o valor dos combustíveis, Bolsonaro privatiza mais duas refinarias, no Amazonas e no Ceará.

Ainda de acordo com a entidade, trocar o presidente da Petrobrás sem alterar a política de preço é cortina de fumaça e malabarismo midiático eleitoreiro. “É necessário um real debate sobre a formação do preço dos combustíveis, investimento nas refinarias, reversão das privatizações e novos editais de contratação para petroleiros para aumentar a produção nacional e conquistar a autossuficiência em combustíveis fósseis. Sem isso, a “indignação” do presidente da República e as trocas desastrosas na diretoria da Petrobrás sinalizam somente um desespero eleitoral”, afirma a FUP em seu site.

com informações do BNews e da FUP