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Condenai, Senhor, esses pastores golpistas

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O pastor Osório José Lopes Júnior

O pastor Osório José Lopes Júnior conseguia ludibriar fiéis, fazendo com que investissem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica. Ele (considerado foragido) e outros golpistas diziam, por exemplo, que com um depósito de R$ 25, as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de R$ 1 octilhão (ou 1 seguido de 27 zeros: R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000). Para se ter ideia, é bilhões de vezes superior à do PIB mundial em 2022 (US$ 101,6 trilhões).

A ação que desmontou a quadrilha é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor). A investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa especializada em diversos crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais.

Trata-se de um dos maiores golpes investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da Federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.

Iniciada há cerca de um ano, a investigação mostra que o grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores. Os investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.

FALSOS CONTRATOS

Para dar “legalidade” às operações, os criminosos celebravam contratos com as vítimas prometendo a liberação de quantias surreais com títulos inexistentes de investimento, registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Segundo a investigação, houve movimentação superior a R$ 156 milhões nos últimos cinco anos. Foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Nesta nova etapa da investigação da Operação Falso Profeta, em que participaram cerca de 100 policiais civis, foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.

com informações do Metrópoles

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